O Sampaio Basquete deu um passo importantíssimo rumo ao bicampeonato da Liga de Basquete Feminino (LBF CAIXA) – 2019. A equipe do Maranhão derrotou novamente o Vera Cruz Campinas, na noite de domingo (18 de agosto), no ginásio do Tênis Clube, em Campinas (SP), desta vez por 81 a 72 (47 a 35 no primeiro tempo), e está a uma vitória de conquistar o título nacional após três anos. E a primeira oportunidade será na quinta-feira (22 de agosto), às 19h (de Brasília), diante de sua torcida, no ginásio Costa Rodrigues, em São Luís (MA).
A pivô Clarissa dos Santos foi a cestinha, com 20 pontos, em 58,8% de aproveitamento. A ala/pivô também apanhou 08 rebotes e terminou o segundo jogo com 21 de eficiência, sendo eleita a MVP da Partida.
As outras medalhistas pan-americanas também deram grande contribuição no triunfo tricolor. A ala Tati Pacheco fez 17 pontos, Tainá Paixão anotou 13 pontos.
Do lado do time campineiro, que novamente sofreu com a alta rotação do adversário e com a apatia de algumas de suas jogadoras, apenas duas jogadoras pontuaram em dígitos duplos: Babi Honório, com 15 pontos, e Jeanne Morais, que veio bem do banco para marcar 14 pontos.
O Vera Cruz Campinas começou o jogo com Nádia no lugar da cubana Ariadna Felipe, entrando também com a argentina Melisa Gretter, Patty, Babi e Mari Dias. Já o Sampaio começou o segundo jogo decisivo com a norte-americana Briahanna Jackson, Tati Pacheco, Raphaella Monteiro, a argentina Agustina Leiva e Clarissa dos Santos.
Desde o começo, o Sampaio aproveitou a vantagem numérica no elenco para impor seu ritmo de jogo. Explorou o jogo interno com Clarissa, que terminou o primeiro quarto já com 10 pontos, e contou com duas bolas de três de Tati Pacheco para fechar a primeira parcial com 25 a 16.
O tubarão continuou cirúrgico no segundo período, com quase 60% de aproveitamento geral e com Vitória Marcelino vindo bem do banco. Vendo a história do jogo 1 se repetir, o Vera Cruz precipitava seus arremessos, e graças a uma boa atuação de Jeanne, conseguiu se manter por perto na parcial, mas com o placar geral já apontando 12 pontos de vantagem para as maranhenses.
O ritmo no terceiro período ficou mais cadenciado e as equipes mexeram menos no placar. Paixão puxou o ritmo para o Sampaio, enquanto Jeanne seguia traduzindo a trama campineira em pontos.
Entrando no último quarto ainda com 12 na frente, o Sampaio seguiu tranquilo rumo à vitória. Chegou a abrir 17, mas tirou o pé no final e viu a equipe paulista ensaiar uma reação tardia, que fechou a diferença da partida em dígitos simples.
Melhor do jogo, Clarissa conteve a empolgação e pregou humildade para o próximo jogo. “É uma vitória realmente importante, mas para ser campeão, tem que ganhar três jogos. A final está totalmente aberta ainda, não ganhamos nada. A gente fez um bom trabalho, conseguiu duas vitórias aqui muito importantes, mas a ideia é continuar melhorando o que precisa para poder fazer um próximo jogo ainda melhor, focadas em mais uma vitória”, comentou.
A experiente pivô Ega Garvão citou a inconstância e uma perda de identidade como o principal fator para o time campineiro estar atrás na decisão. “Está faltando voltar o que a gente era no início do campeonato. A gente se perdeu no fim do segundo turno, jogando cada uma por si, e não como a equipe que foi o campeonato todo. Aconteceu isso na semifinal (contra Uninassau/Cabo de Santo Agostinho), daí o time acordou e viu que somente jogando e querendo junto iria passar à final. Agora a gente voltou a se perder e acho que temos que recuperar a essência do nosso time: atacar junto, rodar a bola e defender muito”, finalizou.