Medalhista de bronze no Mundial de 1971 e uma das maiores jogadoras de basquete que o Brasil já formou, Norma Pinto de Oliveira, a Norminha, será uma das homenageadas no Campeonato Brasileiro Feminino – 2021. A craque dará nome ao “Troféu Norminha” que será entregue à MVP (jogadora mais valiosa) do campeonato e também a melhor jogadora em quadra em cada um dos jogos do torneio que começa no dia 17 de setembro.
“Foi com grande alegria que recebi esse comunicado da CBB, por meio da Paula, para ser homenageada no Brasileiro. É com grande honra esse legado. Me sinto orgulhosa por ter sido lembrada pela CBB depois de tantos anos. É uma alegria estar em contato novamente com essa meninada que vai participar do campeonato. Me alegro. Desejo a todas as atletas um ótimo campeonato. Estarei presente e revivendo meus tempos de jogadora. Meu muito obrigado”, disse Norminha.
Aos 79 anos, Norminha nasceu em Buenos Aires, na Argentina, filha de pai brasileiro e mãe argentina. Veio para o Brasil aos 13 anos e se naturalizou brasileira. Além do bronze no Mundial com o Brasil, foi três vezes medalhista em Jogos Pan-americanos: Prata em São Paulo (Brasil 1963), Ouro em Winnipeg (Canadá 1967) e Ouro em Cali (Colômbia 1971); e também venceu o Sul-americano em 1965, 1967, 1968, 1970, 1972 e 1974.
Norminha também brilhou nos clubes, defendendo primeiro a Sociedade Esportiva Recreativa. Depois, passou pelo CA Ypiranga e Sorocaba, de São Paulo, antes de jogar no CR Flamengo. Por último, esteve no São Caetano, de São Paulo. Ela defendeu a Seleção Brasileira entre os anos de 1960 a 1974, ajudando a desbravar o esporte para as mulheres e a torná-lo futuramente olímpico.
“Eu, infelizmente não vi essa geração jogar, né. O que eu sei é a convivência com a Maria Helena e Heleninha, comentando sobre essas jogadoras e o potencial que a Norminha tinha. Era diferenciada. Muito física e técnica naquela época. E isso ajudava bastante. Tive pouco contato com a Norminha também. Esse prêmio do Campeonato Brasileiro, com o nome da melhor jogadora em quadra com o nome de Norminha, representa muito bem ela em quadra, pelo que eu conheço e me passaram. É uma homenagem muito mais que merecida. E também, que a gente possa, talvez, nessa competição, fazer algum histórico dessas pessoas que estão sendo homenageadas, para que mais atletas saibam, seria uma interessante ideia. Receber o troféu e saber quem foram essas pessoas”, disse Paula Gonçalves, vice-presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).