A treinadora tem amor pelo que faz, além de ser muito grata ao basquete
Com 40 anos de carreira, entre a fase de atleta e de técnica, Monique de Souza Ferreira Poles segue executando o seu trabalho com maestria, ou seja, descobrindo e lapidando talentos para o basquete. Um dos grandes exemplos desse trabalho eficiente foi o jovem Riquelme Benigno de Lima, de 13 anos (09 de maio de 2006), descoberto pelo projeto Anjos do Esporte na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da cidade de São Paulo (SP), há três anos, que foi logo pinçado ao time competitivo do Instituto Brazolin/São Bernardo.
Trabalhando diretamente com a experiente treinadora, o promissor atleta teve um desenvolvimento gigantesco, passando a se destacar nas competições estaduais de base. Com isso, no final desta temporada, Riquelme recebeu o convite e vai defender, a partir de 2020, o EC Pinheiros, um dos grandes clubes do basquete nacional, conhecido pelo excelente trabalho de formação, que dará sequência ao processo evolutivo do garoto.
O ex-jogador André Brazolin vê o trabalho da treinadora como fundamental para o bom andamento do projeto social. “A Monique é a pessoa certa para trabalhar com jovens que estão em formação, pois é uma técnica muito detalhista e que presta muita atenção nos fundamentos do jogo, objetivando formar bem o atleta. Além disso, tem aquele compromisso com a educação e a formação completa do cidadão, que é a grande proposta do Instituto Brazolin, ou seja, queremos, primeiro, transformar vidas através do esporte, depois formar atletas para o esporte de alto rendimento”, relatou o gestor do projeto social Anjos do Esporte.
E Monique tem amor pelo que faz, além de ser muito grata ao basquete. “Desde que iniciei a minha carreira, sempre tive certo que o basquete é um instrumento que Deus me deu para formar e ajudar crianças e jovens, mesmo pessoas adultas, ou seja, quem tivesse passando pela minha vida. Neste ano, em que estou completando 40 anos de basquete, entre a fase como atleta e técnica, eu tive muito isso”, acrescentou Monique.
“O que o basquete me deu não tem preço, tudo o que consegui na minha vida foi através dele, inclusive a educação dos meus filhos e a minha também. Quando recebo um jovem como o Riquelme, que vem de uma comunidade carente e logo se percebe que é um menino doce, sonhador e com o olho brilhando, é sensacional; ter ciência que você pode dar condições a ele através do esporte, no caso o basquete, para conseguir alguma coisa a mais para a vida dele e da família”.
Participar ativamente da formação de crianças e jovens, usando o esporte como ferramenta de socialização, é o que Monique faz com maestria. “Ver o Riquelme crescer dentro da disciplina, da educação e do respeito e, posteriormente, vê-lo brilhar nas categorias de base, apesar de ser novinho, é uma coisa muito gratificante e que não tem preço. Esse é o valor que vivo diariamente na minha vida profissional dentro da educação física e como técnica; assim como ele, outros garotos vieram e estão vingando, como exemplo posso citar o Arthur, que está na Itália; o George de Paula, que está no São Paulo FC; e o Vitão, que estava na Espanha e hoje atua no EC Pinheiros”, comentou.
E o jovem Riquelme tem plena ciência da importância de Poles e Brazolin em sua vida esportiva e social. “A Monique é uma das pessoas que vou levar para minha vida toda, pois ela é maravilhosa como pessoa e como técnica. É um exemplo e ter trabalhado com ela e desenvolvido tudo isso com é uma grande honra”, relatou.
“Já o André é incrível, é a pessoa que mais me ajudou com tudo isso e, olha, não tenho palavras para agradecer por tudo que ele está fazendo por mim e que também já fez. Tê-lo ao meu lado quando mais preciso é ser privilegiado, sei que ele vai estar comigo ao início ao fim; quero seguir convivendo com ele para aprender cada vez mais e, com isso, ser uma pessoa melhor”, finalizou Riquelme.