Atletas e técnicos passam a ter voto nas decisões de conselho; iniciativa da gestão moderniza regimento e amplia democracia na entidade
Visando maior compliance e transparência, a Liga de Basquete Feminino (LBF) atualiza seu Estatuto Social com as mais modernas cláusulas em gestão esportiva. Destaque para as inclusões dos representantes da Comissão de Atletas e da Comissão de Técnicos no Conselho de Administração da entidade, passos importantes para uma representatividade mais efetiva na LBF.
A novidade significa, na prática, que atletas e técnicos passam a ter cadeira e voz nas decisões mais importantes tomadas pelo colegiado da LBF. A iniciativa apresentada pela presidência foi aprovada com votação unânime na assembleia ordinária realizada na última semana, que também legitimou, sem ressalvas, as contas de 2020 da entidade.
Mariana Camargo, presidente da Comissão das Atletas e ala/armadora do Blumenau, comemorou: “é uma conquista muito grande e importante para nós atletas – não só da LBF, mas para o basquete feminino. Já participávamos das reuniões e podíamos externar nossas opiniões, mas agora tendo o poder de voto, realmente representando as atletas, é de uma importância gigantesca. É algo que vem a somar e fazer com que a liga fique cada vez melhor e cresça mais ainda, tendo múltiplas visões de quem a compõe”, diz a atleta.
“As modificações no estatuto, estabelecidas pelo presidente Molina, trazem a liga para junto de organizações bem desenvolvidas, modernas, com um regimento alinhado com o que há de mais moderno em termos de gestão esportiva. A inclusão de um representante dos técnicos da LBF, com cadeira, voto e voz dentro da instituição, é uma atitude superimportante da entidade, que demonstra apoio e traz a eles uma responsabilidade muito grande”, acrescenta Lula Ferreira, supervisor do SESI Araraquara e diretor da Associação dos Técnicos de Basquete do Brasil, a ATBB, que completa: “eles (técnicos) deverão estar integrados à organização e à elaboração do campeonato e ao que é uma instituição da grandeza da LBF. O direito ao voto implica em consciência. Essa atitude só vai trazer benefícios – não só aos técnicos, mas para a LBF e ao basquete feminino, que está buscando incessantemente o seu desenvolvimento”.
Leonardo Andreotti, consultor jurídico da LBF, também comenta o novo dispositivo. “Me foi confiada a missão de propor uma minuta estatutária que, para além de atender às inovações legislativas trazidas pela Lei 14.073/2020, inserisse a LBF nos mais elevados padrões de Governança e Conformidade do país. Foram implementados novos mecanismos que resultarão na modernização e profissionalização de sua condução institucional, na observância estrita a preceitos éticos e de integridade, assim como na valorização aos princípios do associativismo e da segurança jurídica e na participação universalizada dos stakeholders da modalidade, que, sem dúvida, fornecem terreno sólido e seguro para investimentos, públicos e privados, na instituição e em cada edição de sua competição nacional. Não há dúvidas de que a LBF e o Basquetebol feminino brasileiro evoluem para um cenário extremamente positivo e de exemplo para o Sistema Brasileiro do Desporto”, finaliza Andreotti.