A noite desta quarta-feira (13 de junho) marcou a entrega dos prêmios aos Melhores do Ano do NBB. Em cerimônia realizada em São Paulo (SP), os destaques individuais da décima edição do maior campeonato de basquete do país foram conhecidos.
O prêmio mais desejado da noite teve um velho conhecido como vencedor. Pela terceira vez, o ala Marquinhos foi eleito o MVP da competição e agora se isolou como o atleta mais vezes eleito o Jogador Mais Valioso do NBB. O camisa 11 do Flamengo ainda levou para casa o Troféu Oscar Schimdt (Cestinha) e foi eleito para o Quinteto Ideal, com um dos melhores alas.
“Fico feliz demais por esse prêmio. De dez edições do NBB, joguei nove, e fui três vezes MVP. Essa temporada foi muito especial para mim, pois no ano anterior nós (Flamengo) sofremos uma eliminação precoce nas quartas de final do NBB e isso frustrou muito a todos. Foquei muito para essa nova temporada para melhorar vários aspectos do meu jogo. Felizmente consegui colocar em prática e acabei premiado como MVP e Melhor Ala”, disse Marquinhos.
“Ser eleito MVP do NBB significa muito. Sempre competimos com grandes feras, como Alex, Marcelinho, Shamell, e tanto outros grandes jogadores. Toda vez que jogo contra esses caras entro com sangue nos olhos para mostrar minha qualidade e do que sou capaz. É uma premiação muito gratificante, pois coroa tudo que fiz durante todo o campeonato”, completou o camisa 11 rubro-negro.
Quem também integrou o “time dos sonhos” da temporada foi Rafael Hettsheimeir, do Sendi/Bauru Basket, eleito um dos melhores pivôs do NBB CAIXA pela terceira vez. O jogador ficou em segundo na votação de MVP.
Ao lado de Marquinhos e Hettsheimeir, três atletas entraram no Quinteto Ideal pela primeira vez. O posto de Melhor Armador, apresentado pela SKY, ficou com Elinho, um dos destaques do campeão Paulistano. Já Cauê Borges, do Caxias, terceiro maior cestinha da temporada, ficou com o outro troféu de Melhor Ala.
A outra vaga de pivô no “time dos sonhos” ficou com o norte-americano Tyrone, do Mogi das Cruzes/Helhor, que foi apenas o quinto “gringo” a entrar no Quinteto Ideal na história do NBB. O jogador também foi eleito o Melhor Estrangeiro da temporada.
Companheiro de Tyrone na campanha do vice-campeão Mogi, Jimmy também levou um troféu para casa. Depois de quebrar a dinastia de Alex Garcia na última temporada e ser eleito o Melhor Defensor, o novo reforço do Sesi Franca repetiu a dose e ficou com o bicampeonato deste prêmio.
“Eu acho que você precisar ter uma meta. O Alex criou um recorde, eu vou tentar quebrar o recorde dele, alguém tem que quebrar o recorde dele. Ele foi o primeiro a estabelecer esta marca, agora alguém precisa tentar dar outro passo para tentar quebrar o recorde dele. Eu vou trabalhar para isso durante toda a minha carreira”, disse Jimmy.
Já o troféu Ary Vidal (Melhor Técnico), apresentado pela Avianca, ficou mais uma vez nas mãos de Gustavo De Conti. Vencedor deste prêmio em 2014 e também no ano passado, o ex-treinador do Paulistano foi eleito o melhor pela terceira vez e se tornou o maior vencedor desta categoria.
“Ninguém ganha nada sozinho, nem o MVP, nem o melhor treinador, nem o melhor de qualquer outra posição. É um conjunto de fatores e muitas pessoas que colaboram. No meu caso a comissão técnica, os jogadores. Mesmo assim eu fico feliz, porque é um reconhecimento, principalmente pelas pessoas que votaram, que são pessoas ligadas ao basquete, e minha família fica muito feliz, o pessoal da comissão técnica também fica muita feliz, então é algo muito gratificante para mim”, disse o agora comandante do Flamengo.
Outro campeão com o Paulistano a levar um troféu individual para casa foi Deryk Ramos, eleito o eleito o Melhor Sexto Homem do campeonato. O jogador de 23 anos seguirá sob o comando de De Conti na próxima temporada, mas agora vestindo as cores do Flamengo.
Considerado uma das grandes joias do basquete nacional, o ala/pivô Gabriel Jaú (Bauru), de 19 anos, se juntou a nomes como Raulzinho, Vitor Benite e Ricardo Fischer e faturou o troféu de Destaque Jovem (Melhor Atleta Sub-22), apresentado pelo Wewi. Já o prêmio de Jogador que Mais Evoluiu ficou nas mãos de Wesley, do Minas.
“Eu acho que meu empenho foi reconhecido, principalmente agora com este prêmio. Poder participar dessa premiação na minha primeira temporada sendo efetivo na equipe é importante para mim e importante para minha carreira. Isso mostra que eu pude ajudar o Bauru naquilo que o time necessitava. Essa conquista só me dá motivação para poder evoluir mais”, disse Jaú.
Líderes históricos são homenageados
Durante a festa, os líderes históricos de todos os fundamentos da primeira década de NBB foram homenageados. São eles: Shamell (cestinha), Olivinha (rebotes), Fúlvio (assistências), Larry Taylor (roubadas de bola), Teichmann (tocos), Cipolini (enterradas), Murilo (arremessos de 2), Marcelinho Machado (arremessos de 3), Marquinhos (lances Livres), e Olivinha (duplos-duplos, atleta com mais jogos e com mais vitórias).
Os técnicos também foram homenageados. Guerrinha é o que mais tem jogos na conta e também lidera em número de vitórias. Régis Marrelli e Alberto Bial, segundo e terceiro com mais partidas, e José Neto e Gustavo De Conti, que fecham o Top 3 de treinadores mais vitoriosos, também foram lembrados.
Confira todos os vencedores dos prêmios individuais do NBB CAIXA 2017/2018:
MVP (Jogador Mais Valioso): Marquinhos (Flamengo)
Melhor Armador: Elinho (Paulistano/Corpore)
Melhores Alas: Cauê Borges (Banrisul/Caxias Basquete) e Marquinhos (Flamengo)
Melhores Pivôs: Tyrone (Mogi das Cruzes/Helbor) e Hettsheimeir (Sendi/Bauru Basket)
Melhor Técnico (Troféu Ary Vidal): Gustavo De Conti (Paulistano/Corpore)
Melhor Estrangeiro: Tyrone (Mogi das Cruzes/Helbor)
Destaque Jovem: Gabriel Jaú (Sendi/Bauru Basket)
Melhor Sexto Homem: Deryk Ramos (Paulistano/Corpore)
Jogador que Mais Evoluiu: Wesley (Minas Tênis Clube)
Melhor Defensor: Jimmy (Mogi das Cruzes/Helbor)
Cestinha (Troféu Oscar Schimdt): Marquinhos (Flamengo) – média de 17,9 pontos por jogo
Líder em rebotes: Leozão (Solar Cearense) – média de 8,7 por jogo
Líder em assistências: Gegê (Minas Tênis Clube) – média de 7,0 por jogo
Melhor ataque: Paulistano/Corpore – média de 84,0 pontos por jogo
Melhor defesa: Sesi Franca Basquete – média de 71,5 pontos sofridos por jogo
Equipe Fair Play: Vasco da Gama
Melhor árbitro: Cristiano Maranho (SC)
Melhor Trio de Arbitragem: Cristiano Maranho (SC), Fabiano Huber (GO) e Diego Chiconato (PR)
Árbitro revelação: Ramiro Marques Inchauspe (RS)