Seleção equilibra jogo até metade do terceiro período, mas não resiste e cai na segunda fase
Historicamente o Brasil sempre deu trabalho aos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (09 de setembro), na Shenzhen Bay Arena, o time de Petrovic até incomodou Greg Popovich e sua turma, mas não o suficiente para quebrar o jejum dos americanos, que não perdem uma partida de Copa do Mundo desde 2006, e se manter vivo na competição. Depois de um primeiro tempo e metade do terceiro período equilibrados, a Seleção Brasileira não resistiu ao ritmo americano nos 15 minutos finais, deixou o jogo escapar e acabou sendo eliminada com a derrota por 89 a 73 (43 a 39 no primeiro tempo). Mesmo derrotada pela Grécia, a República Tcheca ficou com a segunda vaga do grupo H.
O Jogo
Bater os Estados Unidos nunca foi uma tarefa fácil, mas o Brasil encarou o time de Popovich de frente no primeiro período. Depois de um começo vacilante, quando os americanos abriram rapidamente sete pontos, a Seleção entrou no jogo pelas mãos de Marcelinho Huertas. Com sete pontos, o armador do Tenerife foi a principal arma ofensiva da equipe comandada por Aleksandar Petrovic. Varejão, com outros quatro, também ajudou a manter o placar equilibrado. A vitória parcial dos americanos por 21 a 18 teve Myles Turner como destaque. O pivô do Indiana Pacers anotou seis pontos e três derrotas.
A Seleção jogava bem e voltou melhor no segundo quarto. Com um quinteto todo modificado em relação ao que começou a partida, o Brasil seguia incomodando os americanos na defesa. Principalmente no jogo interno. No ataque, Benite passou a ser o cara. Com uma bola de três, o ala do Burgos empatou a partida pela primeira vez e trouxe o torcedor chinês definitivamente para o lado brasileiro. O momento era todo da Seleção, mas Petrovic levou sua segunda técnica após reclamar de uma falta em Varejão e foi excluído do jogo.
O time sentiu, e os americanos abriram cinco novamente. A Seleção recolocou os nervos no lugar e passou a trocar pontos com os Estados Unidos até Benite acertar outras duas bolas de três e deixar tudo igual novamente. Só que Kemba Walker também entrou no jogo e liderou o time americano, que foi para o intervalo vencendo por 43 a 39.
Com uma marcação implacável, os Estados Unidos impediram que a Seleção imprimisse um ritmo alucinante. Fora de posição, os brasileiros tinham dificuldade de atacar. Benite até acertou sua quarta bola de três na partida e deixou a diferença em quatro pontos outra vez. Mas era pouco para virar. Mesmo cometendo alguns erros no ataque, o time de Popovich acelerou o jogo, abriu 11 e fez Cesar Guidetti parar o jogo. O pedido de tempo do assistente brasileiro quebrou o ritmo americano, e a Seleção cortou a diferença para sete.
Mas a artilharia americana era pesada nas bolas de três de Marcus Smart e Khris Middleton, e a diferença voltou a ser de 11 ao fim do terceiro período.
A arbitragem não marcava nada e seguia irritando os jogadores brasileiros. A seleção americana não tinha nada com isso, fez 16 a 6 em pouco mais de três minutos e abriu 18 de vantagem. Guidetti parou o jogo, mas o prejuízo já era muito grande. O Brasil nem jogava mal, mas a equipe americana errava muito pouco e a diferença se manteve na casa dos 15 pontos até o estouro do cronômetro.
“O mais importante é que a gente lutou os 40 minutos, brigamos até o fim, foi outro Brasil que a gente viu hoje na quadra, mas EUA é sempre EUA, um time muito difícil, muito atlético, a gente conseguiu segurar o jogo até um certo tempo, achei que a arbitragem errou em não marcar algumas faltas e isso acaba interferindo um pouco. Infelizmente a gente perdeu, a gente está fora e é triste, não era assim que a gente queria sair desse torneio, principalmente depois de termos feito uma primeira fase tão boa”, finalizou o ala Leandrinho após a partida.