Mal tratado nas gestões anteriores, o basquete brasileiro está vivo e vem seguindo um caminho de crescimento desde que o ex-jogador Guy Rodrigues Peixoto Jr assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Basketball (CBB). Nesse período, o empresário, ao lado de sua equipe de trabalho, conseguiu retirar a sansão imposta pela Federação Internacional de Basketball (FIBA), devido aos complicados problemas de gestão e de ordem econômica apresentados pela antiga diretoria.
A retirada da suspensão foi o ponto de partida para que o basquete nacional caminhasse para frente, contudo, outras ações precisaram ser tomadas para que os passos adiante começassem a ser dados. Mudanças estatutárias, cortes de gastos (muitos desnecessários herdados da gestão passada), chamada para que ex-atletas e atletas ficassem mais próximos e participassem das principais decisões, retomada da credibilidade e, enfim, a associação a parceiros e patrocinadores com credibilidade, entre outras coisas.
Com a casa um pouco mais arrumada, Guy teve a chance de olhar para a parte técnica, que inicialmente, no adulto não rendeu o esperado, alijando o selecionado feminino do Campeonato Mundial, já que ficou com a quarta colocação na Copa América, e uma participação fraca do masculino na versão da sua competição, não obtendo vaga para o Pan-americano. Na base, entretanto, tudo caminhou a contento, com escolhas certas dos treinadores e resultados favoráveis.
Com tempo, o presidente da CBB anunciou a contratação do ex-jogador Aleksandar Petrovic para comandar o selecionado nacional, na disputa das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo da China. Tiro certeiro! De Chuá! O croata ‘caiu como uma luva’ nesse processo de total reformulação que o basquete nacional está sendo submetido. Na verdade, não é só ele, mas toda a equipe multidisciplinar que foi montada para dar o suporte necessário ao treinador.
Até aqui, com vários jogadores emergentes sendo chamados, além da recuperação de ‘veteranos’ que estavam afastados da Seleção Brasileira desde a fatídica participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Petrovic vem ‘dando a sua cara’ a equipe, que está invicta na classificatória a Copa do Mundo. Eu sei que é cedo para tecer comentários mais aprofundados, contudo, ‘estamos no caminho certo’ – não gosto muito desta afirmação, pois com as comissões anteriores cansamos de escutar isso e os resultados não aconteciam, e perdíamos sempre nos detalhes, mas agora me parece que realmente encontramos a estrada certa.
Resultado disso,
10.500 torcedores na Goiânia Arena para o duelo contra o Chile, vencido com facilidade pelo selecionado nacional – mesmo com transmissão ao vivo pelo Esporte Interativo. Não me lembro de um público desse na recente história do nosso basquete!
Nem tudo são flores, pois a atual gestão da Confederação Brasileira terá que realizar um trabalho muito árduo para recuperar o basquete feminino nacional, digo até que precisará ‘tirar um coelho da cartola’, ou seja, fazer mágica, visto que este naipe precisa de uma atenção maior; devido à falta de resultados nas competições internacionais, perdemos espaços, material humano e o trabalho base nos clubes foram minguando, revelando muito pouco, diminuindo bastante a quantidade de atletas lançadas para o adulto.
O Basquete 3×3, agora com o status de esporte olímpico, vem muito bem na atual gestão, com ações importantes. A base do basquete tradicional também foi tratada com carinho, contando com a realização de várias competições interclubes, em diversos estados. Devemos seguir assim…
Por fim, percebemos que muito já foi feito pela atual gestão da CBB e, pela herança recebida das administrações anteriores, muito ainda precisa ser feito. Só o que mais me deixa tranquilo e confiante é perceber o amor que Guy Peixoto Jr nutre pelo basquete, além de sua situação resolvida profissionalmente, dois pontos que o diferem dos presidentes anteriores da entidade maior do basquete nacional.
Vamos em frente!