Modalidade tem se profissionalizado cada vez mais ao redor do mundo
O crescimento do Basquete 3×3 mundialmente, desde a estréia na Olimpíada de Tóquio 2020, levanta dúvidas normais e pertinentes quanto à estruturação e desenvolvimento da modalidade. É importante frisar que o esporte passa por transformações e tem se profissionalizado cada vez mais ao redor do mundo. Por isso, vale destacar que atletas federados no Basquete 5×5 podem atuar normalmente no 3×3, sem qualquer veto das Federações, Confederação Brasileira de Basketnall (CBB) ou Federação Internacional de Basketball (FIBA).
Novo Caminho
Desde sua criação, o Basquete 3×3 tem passado por constantes transformações, impulsionado pelo crescimento da modalidade e pela necessidade de adaptação à sua estrutura organizacional. O modelo de gestão, que inicialmente era descentralizado, está evoluindo para fortalecer o papel das federações estaduais no desenvolvimento e regulamentação do esporte.
No início de 2025, reuniões estratégicas entre a CBB e as federações estaduais consolidaram um novo modelo de governança, garantindo maior organização e alinhamento das competições dentro do sistema federativo. Essa mudança visa não apenas fortalecer a modalidade, mas também proporcionar estrutura adequada e incentivos contínuos para seu crescimento.
Evolução da Gestão
Durante anos, o registro de atletas no Basquete 3×3 ficou sob responsabilidade exclusiva dos próprios jogadores na plataforma da FIBA, afastando as federações do processo de administração e regulamentação da modalidade. Esse modelo dificultava o controle e a estruturação do esporte em âmbito nacional. Agora, com a nova fase de gestão integrada, as federações assumem um papel ativo na organização do calendário e na supervisão do desenvolvimento do 3×3 no Brasil, incluindo a criação de um cadastro oficial de atletas da modalidade.
Um dos desafios atuais é a participação de atletas vinculados a clubes de Basquete 5×5 no 3×3. Não há qualquer impedimento, por parte da FIBA, CBB ou federações estaduais, para que um jogador federado no 5×5 também atue no 3×3, seja por sua equipe ou por outra equipe. Por isso, a CBB segue acompanhando essa questão e buscando soluções que atendam a todos os envolvidos.
Com a evolução do cenário competitivo, espera-se que os próprios clubes invistam na formação de equipes de 3×3, garantindo um controle mais eficiente da participação de seus atletas e ampliando a profissionalização da modalidade.
Futuro
O calendário do Basquete 3×3 está cada vez mais consolidado, com um número crescente de competições oficiais e premiações mais atrativas. Esse crescimento tende a elevar o nível técnico e reduzir a presença de equipes formadas apenas para torneios esporádicos.
Clubes que já possuem uma estrutura esportiva consolidada podem encontrar no Basquete 3×3 uma oportunidade para ampliar sua atuação, aproveitando tanto atletas já experientes quanto aqueles que, apesar de terem potencial, encontram poucas oportunidades nas versões tradicionais da modalidade. Outras modalidades esportivas também passaram por esse processo, utilizando jogadores de suas versões convencionais para fortalecer as novas frentes esportivas, o que contribuiu para o desenvolvimento e a profissionalização desses esportes ao longo do tempo.
Diante desse cenário, a CBB e as federações reafirmam seu compromisso com a evolução do Basquete 3×3 no Brasil. O objetivo é oferecer um ambiente estruturado, seguro e sustentável para atletas, clubes e todos os envolvidos no crescimento da modalidade, transformando o 3×3 em uma referência no esporte nacional.