Apesar de ter nascido em São Paulo (SP) e crescido em São Bernardo do Campo (SP), foi em Diadema (SP) que a armadora do Ituano Basquete, Alana Gonçalo, fez sua estreia nas quadras, aos oito anos de idade. Através de um programa de esportes na escola, experimentou diversas modalidades, mas acabou optando pelo basquete por “ser o esporte mais complexo e desafiador”, como conta a própria atleta e, assim, passou a frequentar os treinos da técnica Maria Neide Leme.
Enquanto a maioria das crianças dorme com um ursinho de pelúcia, era a bola de basquete – que ganhou dos pais aos nove anos – que acompanhava Alana até mesmo nas horas de sono. Foi assim, com essa paixão desde os primeiros anos na prática, que decidiu pela carreira no esporte aos 11 anos: “não pensava em outra profissão, apenas no basquete”, afirma.
Como geralmente era a menor do time, a atleta conta que sempre treinou para ser armadora, mas que ama e se sente à vontade na posição. Devido a sua estatura, afirma que sempre soube que precisaria treinar muito para “chegar onde queria”, e por isso considera hoje sua habilidade como o seu diferencial, apesar de continuar “treinando para melhorar todos os dias”.
Nessa mesma idade em que decidiu fazer do basquete sua profissão, a armadora conseguiu uma bolsa em um colégio privado em São Bernardo do Campo, tendo a educação como prioridade, como sempre havia sido pregado por seus pais. Aos 16 anos, sabia que queria estudar e jogar nos Estados Unidos.
O sonho se tornou realidade em 2014, aos 19 anos de idade, quando Alana saiu de casa pela primeira vez para atuar no basquete universitário norte-americano, onde também cursou Human Environmental Sciences. Em solo estadunidense, defendeu a New Mexico Junior College e The University of Alabama; período esse que a atleta lembra com muito carinho: “foi muito especial para mim, amadureci muito como pessoa e sempre foi meu sonho ir para os EUA”, contou.
Mas não só sua passagem pelas equipes norte-americanas marcam o porquê os Estados Unidos são especiais para a atleta. É de lá também seu grande ídolo na modalidade: Kobe Bryant. Foi, inclusive, por causa dessa lenda do basquete que Alana escolheu o número 24 para sua camisa – o mesmo que o jogador defendeu boa parte de sua carreira.
“Escolhi esse número porque sou fã do Kobe Bryant. Sempre admirei o amor dele pelo jogo, a forma com que se portava em quadra, o quanto se dedicava para ser o melhor e sua ética de trabalho”, comenta a rubro-negra sobre sua admiração pelo atleta.
De volta ao Brasil, atuando no Santo André/APABA, Alana recebeu de Bruno Guidorizzi – atual assistente técnico do Galo e seu treinador na época – a notícia de sua primeira convocação para a Seleção Brasileira adulta, para o Pan-americano de Lima, em 2019, mas foi cortada da equipe.
Foi na conquista da medalha de bronze na FIBA Women’s AmeriCup, em Porto Rico, também no ano passado, que a rubro-negra defendeu as cores do Brasil pela primeira vez. “A sensação de vestir a camisa da Seleção Brasileira adulta, sem dúvidas, foi, até aqui, o momento mais especial e importante na minha carreira”, declarou a atleta, que voltaria a representar o Brasil no Pré-Olímpico Mundial, na França, no início deste ano.
O Ituano Basquete tem o apoio da Prefeitura Municipal e é patrocinado pela CIS, Grupo Maggi, Cobrecom, EPPO, Alvorada Supermercados, Nutriplus Alimentação, Controle Contábil e Apollo Sporthouse.