por Marcel de Souza

Marcel de Souza
Marcel de Souza

I don´t fit: Eu não dou certo como técnico. Na verdade o mundo do basquete não consegue me encaixar nessa função. Talvez porque eu queira sempre o máximo do jogador. Talvez este esteja contente rendendo apenas parte do que pode.

Quem sabe eu veja coisas que ninguém alcance.

Ou tais coisas mexam com estruturas que as tornem inconvenientes.

Ou eu seja quem aponta algumas verdades que derrubam o equilíbrio.

Desequilíbrio é perigoso.

Causa mudança.

Isso incomoda o sistema.

Enfim, só faço acordos que busquem a excelência.

Tiro leite de pedra.

Só aceito o máximo de um jogador.

Tenho métodos heterodoxos para conseguir isso.

Não servem (dizem).

Não sirvo (digo, então).

O BASQUETE DOS AMIGOS
Teremos mais um ASG e eu espero que este não siga o exemplo da NBA.

Por mais que gostemos de espetáculo, fazer quase 200 pontos é algo artificial e muito longe de divertimento.

A competição é o show.

Os melhores atletas competindo pelo melhor resultado. A atual gestão da liga (JFR), conseguiu o improvável e o impossível.

Hoje temos suporte para crescer e conseguimos isso com idéias de marketing aliadas a nível técnico.

Aliás, um produto só é vendável se tecnicamente for válido. Vende até na crise, como provou JFR.

O ASG mostra o valor da liga baseado nos seus melhores elementos.

Espero o melhor jogo de sempre.

AFFARI NOSTRI
Campeonato da NBA pegando fogo.

Liderança polarizada no Oeste.

Um sistema arcaico onde as duas melhores equipes (se zebra não houver) disputarão a semifinal.

Podem me bater, mas é ridículo.

Tanto dinheiro envolvido…

Equipes tradicionais no lodo profundo e afundando.

Os super-heróis cada vez mais desvalorizados.

A NBA não é mais do jogador franquia.

Warriors e Spurs reescreveram a regra.

Nossos enviados tentam encontrar suas identidades.

Aposto no Huertas.

Os demais estão no trem das onze.

Atrasados ou já passaram.

OU VOCÊ SABE OU NUNCA IRÃO TE ENSINAR
Existe alguma coisa mágica dentro de uma quadra de basquete.

Algo que mais se pode sentir do que se aprender.

Aliás, quanto mais você quer aprender, menos irá sentir.

Por vezes a técnica nos embaça a percepção e nos prende a alguns conceitos já formados.

É preciso olhar o jogo de uma maneira diferente.

Vejam os momentos que mudaram o jogo.

Sempre foram fruto da sensação mais do que da técnica.

Ficar observando esse ou aquele time, aquela jogada, aquele jogador rende até um certo ponto.

No basquete é preciso ter idéias claras e não ficar preso a elas sem um propósito definido.

Estudar o jogo é válido, mas entender o seu papel dentro dele é muito mais interessante e proveitoso para todos.

Não fique aí achando que chegou.

Não se ache perdido.

Não copie.

Sinta o seu jogo.

Ele irá te mostrar o caminho.