Evento também abriu uma exposição, na Arena Centauro, em São Paulo (SP), comemorando o aniversário de 60 anos do primeiro título Mundial da Seleção Brasileira

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Um dos maiores nomes da história do basquete mundial, o brasileiro Wlamir Marques, bicampeão do mundo e medalhista olímpico, será introduzido ao Hall of Fame, em setembro, pela Federação Internacional de Basketball (FIBA). A indicação vem após anos de luta da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), por meio do presidente Guy Peixoto Jr, junto à entidade maior do basquete, no que é uma reparação histórica junto ao ídolo mundial. Na noite de quinta-feira (25 de maio), na Arena Centauro, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP), a entidade maior do basquete nacional informou oficialmente a inclusão ao ex-jogador no Hall of Fame.

Foto: Divulgação/CBB

Na ocasião também foi aberta à exposição de comemoração dos 60 anos da conquista do título Mundial de 1963, no Chile, que ocorre até 28 de maio, das 10h às 22h, na Arena Centauro. Além de Wlamir, outros nomes importantes desta conquista inesquecível estiveram presentes: Amaury Pasos, Carlos Massoni (Mosquito), Luis Claudio Menon, Benedicto Tortelli (Paulista), Jatyr Schall, Fritz e Victor. Todos receberam uma justa homenagem das mãos do presidente da CBB, Guy Peixoto Jr. In memorian Carmo “Rosa Branca” de Souza, Ubiratan Maciel, Waldemar Blatkaukas e Antonio Salvador Sucar.

“Momento inesquecível, de homenagear meus ídolos, de estar com eles e de devolver um pouco de tudo que eles nos deram um dia. Nos colocaram no mapa. É o momento mais emocionante dos meus pouco mais de cinco anos como presidente da CBB. Só agradecer a cada um deles”, destacou Guy Peixoto Jr.

Wlamir, 85 anos, foi campeão mundial no Chile, em 1959, e bicampeão mundial em 1963, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ). A homenagem vem no ano em que a conquista completa 60 anos. Desde 2019, a atual diretoria da CBB, nos Boards da FIBA, na Suíça, além de reuniões presenciais, vinha solicitando a indução de Wlamir ao Hall of Fame da entidade. Neste ano, a pedida teve o aval da entidade maior do basquete mundial. Wlamir falou sobre a felicidade de ter seu nome eternizado entre os maiores da modalidade, o que na verdade ele já era.

 

Foto: Divulgação/CBB

 

“Eu agradeço demais à CBB. É quase uma comemoração póstuma da FIBA. Já faz 50 anos que parei de jogar. Mas fiquei muito emocionado. Me ligaram da Suíça na última semana. É uma emoção que me faltava. Tenho o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB), fora as outras homenagens. E essa é muito importante. O tempo vai passando e vão esquecendo. Voltaram para trás, por que já estão premiando a partir de 2000. O presidente Guy Peixoto foi uma pessoa muito importante. O Marcelo Sousa. Antes mesmo deles assumirem à gestão. O esforço que eles fizeram foi sobre-humano. Já consideravam que eu não tinha direito pelo tempo passado. O Brito Cunha já tinha sugerido, o Grego. Não levaram para frente. Mas já algum tempo que reivindicaram por mim”, comentou Wlamir Marques.

“O Wlamir foi um gênio nas quadras, é um cara que merecia demais essa homenagem. E foi uma promessa de honra que fizemos para ele, dessa gestão, que nós não iríamos sossegar enquanto o Wlamir não fosse induzido ao Hall da Fama da FIBA. Desde 2019, reunimos todas as documentações, fizemos inúmeras solicitações para a FIBA e conseguimos desde vez que ele esteja na turma de 2023, que será homenageada em Manila, nas Filipinas, durante a Copa do Mundo. Wlamir é um mestre e estamos todos muito felizes com esse reconhecimento”, acrescentou Guy Peixoto Jr.

Guy Peixoto Jr e Amaury Pasos / Foto: Divulgação/CBB

Wlamir, que nasceu em São Vicente (SP), é Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil e foi premiado com o Cruz do Mérito Esportivo (1953), Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul (1961) e a Medalha do Mérito Esportivo. A edição brasileira da Revista ESPN apontou Wlamir Marques como 9º maior atleta brasileiro de todos os tempos, em uma lista de 50 nomes publicada em novembro de 2010.

Como atleta, foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio 1964, além de três vezes campeão da Taça Brasil, sete vezes campeão Paulista, sete vezes campeão do Paulistano da capital. Na Seleção Brasileira, ainda foi tetracampeão sul-americano.