Uma das pioneiras da arbitragem brasileira em Olimpíadas, Fátima Aparecida da Silva, hoje oficial da Federação Internacional de Basketball (FIBA), será uma das homenageadas pelo Campeonato Brasileiros Interclubes de Basquete Feminino, em 2021. Com mais de duas décadas de serviços prestados ao basquete brasileiro, Fátima dará nome ao troféu que será entregue aos profissionais que comandarem a decisão do Brasileirão Feminino, marcado para novembro deste ano. O torneio terá a participação de 16 equipes e começa em setembro.
“Foi uma enorme surpresa, confesso para você que fiquei surpresa com o contato inicial da Paula. Mas conforme ela foi falando, a emoção foi me tomando, até que fiquei sem fala tamanho o sentimento de gratidão e emoção. De surpresa com o contato e esse convite da Paula e da gestão da CBB. Eu acho que essas 16 equipes em um campeonato sub-23, com Heleninha, Delcy, Maria Helena, Norminha, com todas essas feras, será uma grande honra e extrema felicidade por tudo que a gente já fez no basquete e continua fazendo e pelo amor que tenho a essa modalidade. Estou muito feliz e grata”, disse Fátima Aparecida da Silva.
Fátima foi, ao lado de Cristiano Maranho, representante do Brasil na Olimpíada de Pequim 2008. Após a aposentadoria das quadras, Fátima seguiu carreira na arbitragem e hoje é uma das principais delegadas da FIBA, participando dos principais torneios internacionais, como Olimpíadas, Copas do Mundo e outras competições, nos dois naipes.
A paulista começou cedo no esporte. Tentou ser jogadora de basquete, mas depois foi para a faculdade de educação física. Em 1986, fez o curso de arbitragem, mas foi trabalhar como oficial de mesa, já que na época mulheres não arbitravam as partidas. Durante a carreira, antes mesmo do destaque internacional, Fátima já colecionava grandes participações, como em decisões de Campeonatos Brasileiros e Taças Brasil.
Diretora do basquete feminino na CBB e vice-presidente da entidade, Paula Gonçalves falou sobre a homenagem para Fátima Aparecida da Silva e sua importância para a modalidade e outras árbitras que vieram.
“Fátima foi uma das desbravadoras do basquete, sempre com muita competência e muito voltada pelo lado educacional. Não só estar dentro das regras, mas passar para os jovens, para quem praticava, de verdade, explicar o que estava acontecendo. Sempre teve uma postura de educadora. É uma homenagem muito merecida. A Fátima, assim como as outras homenageadas, da geração de 1971, é uma pessoa que talvez tenha inspirado outras mulheres que hoje estão nessa profissão da arbitragem”, comentou Magic Paula.