A técnica Arilza Coraça, do Santo André/APABA, fez uma apresentação sensacional no ‘1º Congresso Brasileiro de Basquete’, que contou com 40h de vídeo aulas gratuitas e foi organizado em parceria pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e pela Cinética – Escola do Movimento. Em sua explanação, que fez parte do tema ‘Gestão do Basquete’, a treinadora contou a rica história da equipe feminina andreense.
Dentro da sua apresentação, Arilza salientou que para se conseguir êxito com o naipe feminino, é necessário muito esforço e dedicação. “Para se trabalhar com o basquete feminino no Brasil é necessário muito mais do que estudar, fazer cursos e atualizações, é preciso também, depois de toda essa preparação acadêmica, estar disposta a se dedicar com exclusividade, já que muitas vezes você precisa buscar a jovem jogadora em casa, dar apoio de todo o tipo, não só financeiro, como de logística – transporte, alimentação”, explicou.
De acordo com a treinadora, essa entrega resulta em vários aspectos positivos. “A diferença está em conquistar a presença da criança para você trabalhar a iniciação e depois ir crescendo com ela. E percebo que muitos profissionais já querem começar direto no adulto para ter bastante visibilidade, mas todos que acompanharam a nossa trajetória no basquete de Santo André estão cientes das dificuldades que é o esporte feminino no país, não só o basquete, mas nas demais modalidades também”, relatou.
A treinadora andreense vê uma mudança de perfil nos treinadores da nova geração que atuam com o naipe feminino. “Muitos trabalhos do naipe feminino que sobreviveram por vários anos foram realizados por duplas: Maria Helena/Heleninha, Vendramini/Borracha e tantos outros; mesmo o Barbosa, antes de ir para a Seleção Brasileira. Sempre havia um profissional trabalhando em cima e outro com a base, com muita lealdade e respeito a hierarquia, mas hoje percebo muitas reclamações de profissionais que se preparam e querem a equipe caindo adulta no seu colo”, comentou.
“Só que não é bem assim, já que alguns profissionais iniciam carreira em determinada cidade, como funcionário da prefeitura local e com tudo na mão, entretanto, não conseguem manter as equipes por muito tempo. Então, fica bem claro que, além da preparação, tem que existir muito comprometimento”, completou Coraça.
O 1º Congresso Brasileiro de Basquete contou com 10.768 inscritos, com 40h de vídeo aulas gratuitas e certificado de conclusão para os participantes que completaram seus estudos. Outros dados foram estes: 27 estados representados, com ao menos um inscrito de cada unidade federativa do país; 40% dos inscritos foram de mulheres; e 11 países tiveram inscritos.